domingo, 2 de janeiro de 2022

Resenha: O tempo, o chapeleiro e o mestre.



O Chapeleiro Maluco é uma figura tão familiar que nos sentimos livres para usar seu nome em qualquer espaço. Sua imagem permaneceu viva desde a sua criação pelo fabulista e poeta Lewis Carroll, passando pelo primeiro livro de ilustrações do inglês Sir John Tenniel até a versão cinematográfica incorporada por Johnny Depp no ​​filme “Alice no país das maravilhas”, de Tim Burton.

Mas o que Lewis Carroll, amante dos enigmas, entende por "louco"? A frase  “Mad as a hatter” (louco como um chapeleiro) foi coloquial na Grã-Bretanha muito antes da criação da história por Lewis. No livro, Alice encontra o Chapeleiro extremamente perturbado em função do tempo. É, sem dúvidas, uma das histórias da literatura mundial mais surrealistas e metafóricas, e tem no chapeleiro um dos seus personagens mais intrigantes.


Uma das citações mais enigmáticas postuladas pelo chapeleiro – “Se você conhecesse o tempo como eu conheço, não falaria em desperdiça-lo como se fosse uma coisa. O tempo é um senhor.” 
Avalio que o chapeleiro não é louco, mas sua figura emblemática me proporcionou atribuir qualidades ímpares à sua personalidade. Afinal, é mais coerente em nossa sociedade de “iguais” tratar o chapeleiro como louco de que como um cidadão de bom senso.

Quando a natureza do tempo, ele continua sendo um dos maiores problemas filosóficos desde a antiguidade. Ao seu favor, ou contra a sua existência, podemos aceitá-lo ou negar a sua realidade. 
 

Thiago Santos Gomes/UFSB


Resenha: O tempo, o chapeleiro e o mestre.

O  Chapeleiro Maluco é uma figura tão familiar que nos sentimos livres para usar seu nome em qualquer espaço. Sua imagem permaneceu v...