quarta-feira, 28 de junho de 2017

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Compreensão do Mundo

Arquivo pessoal do autor - 5ª Jornada de Agroecologia da Bahia/2017

Aristóteles dizia que somente o homem é um animal político, isso porque somente o homem possui palavra (logos), enquanto os outros animais possuem voz (phone). E, portanto, o homem é o único ser dotado de linguagem. Quando fazemos o exercício do pensar e depois trabalhamos com a palavra, usamos a linguagem e produzimos assim conhecimento.

Isso me provocou a pensar que dentre tantas características do inerentes ao ser humano, uma das mais notáveis é a sua capacidade de criar códigos necessários a compreensão do mundo e a comunicação com os demais povos. Certo é que a linguagem surgiu com as necessidades de sobrevivência dos primeiros seres, a língua, no entanto, é o principal fator de coesão de um povo na formação de uma identidade nacional. O Brasil é um caso de unidade nacional em função da língua.

Falamos português – o que é um fato que devemos ter orgulho, mas não falamos o português presente no país que nos colonizou e sim, uma língua miscigenada, coloquial, com cadências e vibrações próprias do nosso povo.

Face à essa assertiva, conforme afirmou o sociólogo, antropólogo e escritor brasileiro Gilberto Freyre em sua obra “Casa Grande e Senzala”, a língua trazida pelos colonizadores portugueses sofreu grande influência indígena e africana, o que causou significativas variações em relação a nossa língua pátria. Além disso, geograficamente, estamos “ilhados” na América – O Brasil, país de proporção continental, faz fronteiras hispanófonas em toda sua extensão territorial.

Dessa forma, é evidente que saber nossa língua a mesma de delicadezas como Fernando Pessoa e vigores de Camões sempre me causará uma sensação nobre de diferença. Devemos, por fim, defender espaços onde estejam presentes questões ligadas à preservação de nossa língua e suas características.

Thiago Santos Gomes/UFSB

Primeiras impressões/estranhamento.

O componente Teoria do Conhecimento tem me auxiliado, como discente, a refletir sobre questões que antes para mim não tinha profundidade, mas que deixava um enorme abismo em minha vida. Ao meu ver, é um curso que tem como propósito estimular o pensamento crítico. Isso tem me ajudado a pensar as coisas vida, além de me estimular a revisitar outros assuntos acadêmicos cursados. Me sinto mais reflexivo em minhas ações cotidianas

Através dos vídeos e textos postados pelo prof. Ronie Silveira, nos ambientes virtuais de aprendizagem, me senti convidado a analisar criticamente minhas próprias idéias e pensamentos. Com a metapresencialidade, estabeleci um compromisso pessoal a respeito do estudo da construção do pensamento filosófico, o que pretendo aplicar as minhas  próprias experiências pessoais.

Ao me debruçar com a história da filosofia, assim como a Teoria do Conhecimento, aprendi que ambas possuem uma linha de pensamento que tangencia para a mesma direção. Com essa premissa, há uma teoria básica que caracteriza o pensamento ocidental – toma-se como diferença o sujeito e o objeto como algo que deve ser resolvido ao longo do tempo, e que coloca nós, humanos, como seres diferentes com o que a nossa cultura nos impõe como verdade. Isso nos faz sentir um estranhamento em relação ao mundo.

Após sentir esse estranhamento ao entrarmos em contato com a Teoria do Conhecimento, percebi que há uma diferença entre o sujeito e o objeto. O sujeito, portanto, como o ser humano que se dispõe a conhecer, e o objeto como tudo aquilo que podemos conhecer. 

No que se refere ao objeto, percebemos ao nos apropriarmos do conhecimento filosófico, percebemos que esse objeto não pode ser apropriado materialmente. Para que isso possa acontecer, é preciso que seja introduzido um terceiro elemento nessa relação sujeito/objeto chamado de representação. Essa representação passa a ser responsável por transpor em nós o conhecimento, sem que seja preciso a materialidade dele.

Thiago Santos Gomes/UFSB

domingo, 25 de junho de 2017

Objeto Sujeito - Paulo Leminski | Revista Tudo e Etc




OBJETO SUJEITO - Leminski
você nunca vai saber
quanto custa uma saudade
o peso agudo no peito
de carregar uma cidade
pelo lado de dentro
como fazer de um verso
um objeto sujeito
como passar do presente
para o pretérito perfeito
nunca saber direito
você nunca vai saber
o que vem depois de sábado
quem sabe um século
muito mais lindo e mais sábio
quem sabe apenas
mais um domingo
você nunca vai saber
e isso é sabedoria
nada que valha a pena
a passagem pra pasárgada
xanadu ou shangrilá
quem sabe a chave
de um poema
e olha lá

Aristóteles - reflexões sobre o problema das representações, parte 1

Para Aristóteles, assim como era também para Platão, os objetos não são criados pela mente humana, eles são resultados de uma apreensão intelectual do mundo. Esses objetos do mundo sensível são constituídos de matéria e forma, os nossos sentidos percebem a matéria, enquanto o nosso intelecto (razão) apreende a forma (principio intelectual do objeto). De acordo com ele, a forma é transmitida para o intelecto através dos sentidos, muito embora essa forma não seja uma informação sensorial. 
Thiago Santos Gomes/UFSB
Vídeo 10:
Vídeo retirando do canal do Prof. Ronie Silveira, no youtube.



Platão e a resposta ao problema das representações, parte 2


É importante observar nessa teoria de Platão é que devemos ficar vigilantes para não nos deixarmos enganar pelas sombras. Deve-se, portanto, tomar o conhecimento sensível como sombra de um mundo superior, transitando de forma articulada entre as duas dimensões de um mesmo mundo das representações sensíveis e de representações universais (forma). Essa articulação é possível porque uma representação é a causa da primeira.
Thiago Santos Gomes/UFSB
Vídeo 10:



Vídeo retirado do canal do Prof. Ronie Silveira, no youtube



Platão e a resposta ao problema das representações, parte 1

Platão assimila a crítica de Heráclito ao caráter transitório do mundo, assimila também a crítica de Zenão e do seu mestre Pamênides as representações sensíveis. De acordo com ele, as representações funcionam como um botão de start que desperta a recordação de conhecimentos superiores, e toda teoria do conhecimento é uma preparação da alma para a posse da verdade através de um amadurecimento gradativo. Quando estamos diante do mundo sensível (sombras) teremos um “despertar” para o conhecimento através de recordações da nossa experiencia em um plano de existência anterior a essa vida. Essas representações sensíveis, que estão ligadas a natureza do mundo, tem a função de despertar em nós a memória e a recordação de um conhecimento superior a elas, o que Platão chama de DEVIR.

Thiago Santos Gomes/UFSB

Video 9:
Vídeo retirado do canal do Prof. Ronie Silveira, no youtube.

Zenão de Eleia - Reflexões sobre o conhecimento

Para Zenão de Eleia, através de sua estratégia chamada de Redução ao Absurdo (Teoria do seu mestre Parmenides) nos diz que o conhecimento não pode ser construído a partir de evidência sensível. Portanto, se o objetivo é a construção de conhecimento autêntico, devemos descartar tudo aquilo que é de origem sensível (passageiras, voláteis, fragmentárias, etc). Segundo ele, toda nossa evidência sensível, todos os nossos sentidos estão ligados a uma ilusão, e isso não gera conhecimento. 

Vídeo retirado do canal do Youtube do Professor Ronie Silveira

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Sobre o Pensamento Filosófico

O pensamento filosófico é uma parte indissociável da existência humana. Questões como "O que é a vida?", "Eu tive alguma existência antes de eu nascer?" e "Existe vida após a morte?" são questões
que mexem com a mente humana. Nesse contexto, a maioria das pessoas também tem algum tipo de filosofia no sentido de uma visão pessoal da vida.


Fotografia retirada do Piterest
Percebermos, após nos debruçarmos nas teorias,  que os próprios filósofos discordam entre si de quase tudo, principalmente no que tange a ideia que não há um conjunto de conhecimentos filosóficos sobre os quais os não filósofos possam confiar veementemente. Isso é observado em questões norteadoras da sociedade, tais como a existência de Deus, o livre arbítrio, a natureza da obrigação moral, dentre outras. Contudo, os filósofos pré e pós socráticos concordam sobre muitas interconexões lógicas e ilustrações conceituais que são essenciais para refletir sobre essas questões.

Thiago Santos Gomes/UFSB

Resenha: O tempo, o chapeleiro e o mestre.

O  Chapeleiro Maluco é uma figura tão familiar que nos sentimos livres para usar seu nome em qualquer espaço. Sua imagem permaneceu v...